Custo de financiamento ficará maior com aumento dos juros, diz economista-chefe do Inter à CNN
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta-feira (18), aumentar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, elevando a Selic de 10,50% para 10,75% ao ano.
A medida terá impacto direto no bolso dos brasileiros, conforme explica a economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitoria, em entrevista ao CNN Arena.
Segundo a especialista, o principal efeito da elevação da Selic será o aumento do custo de crédito, tanto para as famílias quanto para as empresas.
“O impacto direto de uma elevação de juros hoje é o aumento do custo de crédito, tanto para as famílias, para os trabalhadores, quanto para as empresas”, afirmou Vitoria.
A economista ressalta que este aumento faz parte de um ciclo de alta, ainda que mais curto, denominado “miniciclo”.
Ela prevê que outras altas da taxa Selic devem ocorrer, resultando em um custo de crédito ainda maior no futuro próximo.
Impacto no sistema financeiro e na demanda
Além do aumento no custo do crédito, Rafaela Vitoria alerta para um possível conservadorismo maior do sistema financeiro.
“A oferta de crédito também tende a diminuir”, explica. Esta redução na oferta de crédito é, na verdade, um dos objetivos do Banco Central, visando desaquecer a demanda na economia.
Para as famílias e empresas, o conselho da economista é claro: “Se preparar para um custo de crédito, um custo de financiamento maior daqui para frente”.
Isso inclui financiamentos de imóveis, veículos e até mesmo empréstimos pessoais, que podem sofrer aumentos em suas taxas de juros.
Embora o aumento atual da Selic de 10,5% para 10,75% possa não ter um impacto imediato muito significativo, a tendência é de elevação no custo de financiamento a médio prazo.
A economista ressalta que este é um movimento que as famílias e empresas devem acompanhar de perto, ajustando suas expectativas e planejamento financeiro para os próximos meses.