Governo não vai pedir mais prazo ao STF se desoneração não for votada hoje, diz Haddad

Governo não vai pedir mais prazo ao STF se desoneração não for votada hoje, diz Haddad

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo não pedirá uma extensão do prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que acaba nesta quarta-feira (11), para a definição de compensação financeira para a desoneração da folha de pagamento.

O projeto de lei está para ser votada na Câmara dos Deputados na sessão de hoje.

Questionado, em entrevista a jornalistas na chegada à Fazenda após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sobre o que o governo fará caso as medidas não sejam votadas, Haddad disse apenas que “há uma decisão judicial” sobre a questão.

“Não vamos pedir mais (prazo), porque nós estamos no limite da responsabilidade. Não há mais tempo para fechar o ano. Inclusive eu estou indo ao Tribunal de Contas da União (TCU) para explicar o que está sendo feito para repor o recurso da desoneração. Nós estamos falando de R$ 28 bilhões”, disse.

“O Tribunal de Contas tem dado declarações preocupadas com essa questão. É uma questão que não foi criada pelo governo. O alerta não tem que ser feito ao governo. O alerta tem que ser feito ao Congresso”.

O ministro também destacou a dificuldade em construir uma solução sobre o tema, que tem sido objeto de embate entre o governo e Congresso desde 2023.

Caso a liminar seja restabelecida ainda nesta quarta-feira, 11, há um lapso temporal até o dia 20 de setembro para o Congresso aprovar o projeto de lei. Isso porque o recolhimento da contribuição patronal cai no dia 20 de cada mês e é nessa data que as empresas desembolsam, de fato, o dinheiro da reoneração.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo

Matheus Augusto

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