Ministro diz que governo não pretende enviar doses extras a Cuiabá por conta da Copa América
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo federal não vai enviar doses extras de vacinas contra a Covid-19 para Cuiabá e Várzea Grande por conta da realização da Copa América na Capital. A declaração foi feita na manhã desta segunda-feira (21) durante audiência na Comissão Temporária da Covid-19, em resposta a um questionamento do senador Wellington Fagundes (PL).
O relato frustra os planos do prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) que havia anunciado que o município receberia as doses em contrapartida da competição em Cuiabá.
No entanto, durante a sabatina, Queiroga disse que há a possibilidade de envio extra de vacinas, mas que isso não possui relação com o fato de Cuiabá ser uma das cidades-sede da competição sul-americana, mas sim por Mato Grosso ser um estado de fronteira.
“Em relação às vacinas não há uma estratégia específica em relação a competição esportiva [Copa América]. Na realidade o que está em discussão, esses estados que têm grandes fronteiras secas com os países vizinhos, está em estudo no PNI [Plano Nacional de Imunização] para se ampliar a vacinação nesses estados que territorialmente são grandes”, explicou o ministro.
Encontro em Brasília
No dia 8 de junho, Emanuel foi a Brasília, junto ao filho, o deputado federal Emanuelzinho (PTB), para uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
À imprensa, ele afirmou que pediu cerca de 670 mil doses da vacina ao ministro-chefe da Casa Civil, general Ramos, como forma de “compensação” pela realização dos jogos da Copa América.
“Para atender toda a população cuiabana, para compensar Cuiabá por ser sede da Copa América sem ter o direito de ser ouvida, eu propus que dessem vacinas extras para imunizar a toda a população. Seria, entre primeira e segunda doses, 647 mil doses. E se for a vacina Jansen com apenas 290 mil doses, eu imunizo toda a população cuiabana, ou seja, como a Jansen é dose única, com 290 mil doses dela eu imunizo toda a população e eu coloquei isso no ofício”, explicou Emanuel à época.
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Fonte: HNT