Petróleo fecha em alta, puxado por tensões no Oriente Médio, em correção após queda recente

Petróleo fecha em alta, puxado por tensões no Oriente Médio, em correção após queda recente

Os contratos do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (27), impulsionado pelo aumento das tensões no Oriente Médio, pela alta expectativa por demanda após dados dos Estados Unidos sugerirem uma melhora no sentimento do consumidor, e também impulsionado por um ímpeto de correção, após um forte tombo nos últimos pregões. Durante a sessão, o preço da commodity operou com volatilidade, oscilando entre altas e baixas.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,75% (US$ 0,51), a US$ 68,18 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,53% (US$ 0,38), a US$ 71,98 o barril. Na semana, o WTI recuou 4,14%; e o Brent caiu 3,49%.

Dados de consumo dos EUA, como o PCE e índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, sugeriram uma melhora no consumo americano, o que sugere uma demanda do óleo forte na maior economia do mundo.

No Oriente Médio, Israel afirmou nesta sexta que atingiu a sede do Hezbollah em uma grande explosão que matou pelo menos duas pessoas. Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sinalizou que responderá qualquer ataque feito pelo Irã.

Segundo o Commerzbank, o pacote de medidas para estimular a economia chinesa, anunciado pelo Banco do Povo da China (PBoC) no início da semana e completado nesta sexta, também cooperou para a alta nos preços do petróleo.

Por outro lado, a notícia de que países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), como a Arábia Saudita, retomariam a produção de petróleo limitam o preço da commodity. Segundo o Swissquote Bank, qualquer atitude do país saudita deve influenciar as ações dos outros integrantes. “Isso é totalmente pessimista para os preços do petróleo”, explica.

*Com informações da Associated Press e Dow Jones Newswires

Matheus Augusto

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