Café arábica atinge novo pico de 47 anos com preocupações com safra no Brasil
O café arábica atingiu novas máximas de preços em 47 anos nesta segunda-feira (9), em meio a preocupações com a safra no Brasil, aumento dos custos de comercialização e com os investidores permanecendo nervosos depois que dois comerciantes brasileiros buscaram negociações de dívidas em tribunal.
Os preços do cacau atingiram novos picos de sete meses.
Café
Os contratos futuros do café arábica na ICE fecharam praticamente estáveis, a US$ 3,301 por libra-peso, depois de terem atingido o maior valor desde 1977, a US$ 3,364.
As conversas de mercado continuam a se concentrar em hedges relacionados ao Brasil, disse o corretor da StoneX Tomas Araujo.
Tais operações envolvem a compra ou a entrada em posições compradas de futuros para compensar ou encerrar uma posição vendida.
Isso tem ocorrido devido ao aumento das chamadas de margem no mercado.
Separadamente, há preocupações constantes de que a próxima safra do Brasil, o maior produtor, decepcione.
O café robusta fechou em alta de US$ 84, ou 1,6%, a US$ 5.200 a tonelada métrica.
Cacau
Os contratos futuros do cacau em Londres na ICE subiram 206 libras, ou 2,6%, para 8.096 libras por tonelada, depois de atingir o maior valor desde o final de abril, para 8.306.
As chegadas de cacau 2024/25 da Costa do Marfim, maior produtor, aumentaram 34% desde o início da temporada até 8 de dezembro, mas o país está passando por um período de seca.
Embora isso dê tempo para a colheita da safra principal, a safra intermediária continua estressada, deixando os traders nervosos após três temporadas sucessivas de déficit.
Açúcar
O açúcar bruto de março caiu 0,31 centavo, ou 1,4%, para 21,50 centavos de dólar por libra-peso.
Os analistas do Citi esperam que os preços se recuperem, citando uma perspectiva negativa para a próxima safra do Brasil e um equilíbrio apertado da oferta global.
“Reiteramos nossos preços de três meses em 24 centavos/libra-peso e revisamos para cima nossa previsão de 12 meses para 25 centavos/libra-peso”, disseram em uma nota aos clientes.
O açúcar branco de março caiu 1,1%, a US$ 555 por tonelada.
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