Dólar sobe com mercado de olho em decretos de Trump; bolsa opera estável
O dólar sobe e o Ibovespa opera estável nas negociações da manhã desta terça-feira (21), com mercados digerindo as primeiras ações de Donald Trump à frente da Casa Branca, e também acompanhando a reabertura das bolsas em Nova York na volta do feriado de Martin Luther King.
Na pauta doméstica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou na véspera uma lista de 25 prioridades da agenda econômica do governo para 2025 e 2026.
Por volta das 10h40, o dólar apresentava avanço de 0,2%, negociado ao redor de R$ 6,04 na venda.
Na mesma hora, o Ibovespa apresentava estabilidade, na faixa dos 122,8 mil pontos.
Trump anuncia primeiras medidas
A posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos traz preocupações para a economia mundial, especialmente em relação à política comercial que será adotada.
O republicano sinalizou durante sua posse que pretende estabelecer tarifas e impostos sobre outros países, com o objetivo de “enriquecer os cidadãos americanos”.
Em seu primeiro dia na presidência dos Estados Unidos, Donald Trump disse que acredita que aplicará novas tarifas ao Canadá e ao México em 1º de fevereiro.
Trump disse a repórteres no Salão Oval que estava pensando em tarifas de 25% sobre as importações dos vizinhos norte-americanos dos Estados Unidos.
Isso equivale a um adiamento de aproximadamente uma semana das tarifas que ele prometeu impor em seu primeiro dia no cargo.
Questionado sobre tarifas sobre a China, Trump destacou que as taxas que ele impôs como presidente na primeira vez ainda estavam em vigor.
O republicano ainda assinou uma ordem executiva revogando os esforços do ex-presidente Joe Biden para bloquear a perfuração de petróleo no Ártico e em grandes áreas da costa dos EUA, de acordo com a Casa Branca.
Fazenda elenca prioridades
Também na véspera, Haddad apresentou durante a reunião ministerial uma série de medidas para a área economia neste e no próximo ano.
Entre as apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estão a regulamentação da reforma tributária e a ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
A expectativa do governo é de que o projeto da reforma da renda seja enviado ao Congresso Nacional em 2025 para que seja implementado a partir de 2026.
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*Com Reuters e CNN Internacional