CNI pede a Davi e Hugo equilíbrio fiscal e racionalidade de gastos
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) fez um apelo, nesta segunda-feira (3), aos novos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Hugo Motta, para que promovam junto ao governo federal e ao judiciário “racionalidade” dos gastos públicos e compromisso com o equilíbrio fiscal do país.
“Defendemos, contudo, um ponto de equilíbrio em que a responsabilidade orçamentária coexista com a promoção do desenvolvimento, de forma que a harmonização das políticas monetárias e fiscais não inviabilizem as conquistas alcançadas pela indústria até meados de 2024”, diz nota divulgada pela CNI.
Nesse contexto, segundo o texto, é importante destacar que não existe mais possibilidade de aumento da carga tributária. “Basta verificar que a arrecadação cresceu, em termos reais, 9,6% em 2024”. Na visão da CNI, o aumento da arrecadação tem que vir por meio do crescimento da economia e do combate ao mercado ilegal, e não a partir de mais oneração dos setores produtivos.
A CNI ressalta, ainda, a importância de racionalidade na taxa básica de juros e no spread bancário.
“É imperativa a utilização de outras ferramentas de política monetária que não impactem a Selic e, consequentemente, a dívida pública, tal como a utilização adequada dos depósitos compulsórios em conjunto com a restrição de aplicação automática dos depósitos à vista”.
Ainda de acordo com a CNI, a elevação dos juros não pode mais ser usada como ferramenta única de controle da inflação, pois não considera os efeitos impactantes dos juros e a taxa de câmbio embutida na própria inflação.
A fim de contribuir com o debate, a CNI informa que dará início, nesta terça-feira (4), à construção da Agenda Legislativa da Indústria 2025. O documento é elaborado em parceria com as Federações Estaduais de Indústrias, Associações Setoriais e Sindicatos Nacionais com as proposições prioritárias em tramitação no Congresso Nacional.
“As propostas refletem o compromisso da indústria com o futuro do Brasil e servem de instrumento para qualificar o diálogo com o Poder Legislativo e promover crescimento econômico e social, em direção à criação conjunta de um país mais justo e desenvolvido”, finaliza a nota.
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