Vereadores propõem comissão para fiscalizar obras do BRT após rescisão de contrato
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Conteúdo/ODOC – Após a decisão do governador Mauro Mendes (União Brasil) de rescindir o contrato com o Consórcio BRT, responsável pelas obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande, os vereadores Dilemário Alencar (União) e Eduardo Magalhães (Republicanos) propuseram a criação de uma comissão especial para acompanhar de perto o andamento do projeto na capital.
“Eu vou solicitar a criação de uma comissão especial formada por vereadores para acompanhar as obras do BRT”, afirmou Dilemário nesta quinta-feira (6), em entrevista à imprensa. O parlamentar apresentou um requerimento pedindo a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal de Cuiabá, que deve servir de base para a criação da comissão de fiscalização.
Dilemário relembrou sua experiência anterior com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), cujas obras também foram marcadas por atrasos e irregularidades. “Quando houve as obras do VLT, fiz uma audiência pública e dela saiu a criação de uma comissão para acompanhar os trabalhos. A minha tendência é repetir esse modelo, solicitando à Câmara a criação de uma comissão especial para fiscalizar as obras do BRT”, destacou.
O vereador Eduardo Magalhães reforçou a importância da fiscalização, especialmente para evitar que o projeto sofra paralisações semelhantes às do VLT. “Precisamos de uma fiscalização rigorosa para que as obras do BRT não fiquem paradas em Cuiabá, como aconteceu com o VLT. Em Várzea Grande, o ritmo está mais acelerado. Imagine se lá tivessem deixado a obra parar na região da Couto Magalhães? O trânsito estaria completamente travado hoje”, afirmou.
Rescisão do contrato
Na quarta-feira (5), o governo de Mato Grosso oficializou a rescisão do contrato com o Consórcio BRT, alegando descumprimento do cronograma e falhas na execução das obras. Apesar de receber em dia os repasses do governo, a empresa não estava honrando pagamentos a fornecedores e conseguiu concluir apenas 18% do projeto, mesmo após mais de dois anos e três meses da emissão da ordem de serviço.
O governador Mauro Mendes informou que uma equipe técnica do governo já vinha trabalhando em parceria com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) para viabilizar a substituição do consórcio de forma emergencial, com o objetivo de retomar as obras o mais breve possível.