CNI pede diálogo com Trump e rejeita retaliação comercial
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediu o estabelecimento de diálogo entre o governo brasileiro e a Casa Branca, em busca de “alternativas consensuais” para reverter a sobretaxa dos Estados Unidos ao aço e ao alumínio.
Para a entidade patronal, o caminho da retaliação comercial é desaconselhado porque aumentaria os custos da própria indústria brasileira, ao encarecer insumos fornecidos por empresas americanas.
De acordo com a CNI, as medidas do presidente Donald Trump geram apreensão na indústria de transformação brasileira, que exportou US$ 31,6 bilhões para o mercado americano em 2024.
Os produtos citados no decreto presidencial, segundo a confederação, correspondem a 10,4% de todo o valor exportado pelo Brasil aos Estados Unidos no ano passado.
“Essa medida é prejudicial tanto para a indústria brasileira quanto para a norte-americana. Lamentamos adecisão e vamos atuar em busca do diálogo para mostrar que há caminhos para que seja revertida”, disse o presidente da CNI, Ricardo Alban, em comunicado à imprensa.
“Temos todo o interesse em manter a melhor relação comercial com os Estados Unidos, que hoje são o principal destino dos produtos manufaturados do Brasil, mas precisamos conciliar os interesses dos setores produtivos dos dois países”, acrescentou Alban.
A possibilidade de elevar as alíquotas de importação brasileiras sobre produtos dos Estados Unidos, em represália às ações de Trump, é rejeitada pela CNI.
“O caminho do diálogo é preferencial a medidas de retaliação, que podem prejudicar outros setoresprodutivos cuja importação de produtos norte-americanos seja importante para a produção brasileira”,disse Alban.
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