Fintechs devem continuar avançando no Brasil, avalia Volpe Capital

O setor de tecnologia na América Latina está em ascensão, com um crescimento notável nos investimentos de venture capital. Segundo Milena Oliveira, sócia da Volpe Capital, o investimento na região cresceu 6,6% em 2024.

Em entrevista ao CNN Money, Oliveira destacou a maturação do ecossistema de Venture Capital nos últimos 15 anos.

“Antes de 2018, 2017 era um ecossistema que praticamente não existia. Tivemos 10 anos combinados de investimento de US$ 4 bilhões, mais ou menos. Depois isso saltou em um período de 2018 para 2023 em quase US$ 40 bilhões sendo investidos na região”, explicou.

Setores promissores

Oliveira apontou três setores como os mais promissores para investimentos em 2025:

1. Fintechs: responsável por aproximadamente 60% dos investimentos no ano passado, o setor continua sendo uma linha de investimento importante na região.
2. B2B SaaS: softwares que auxiliam empresas na digitalização, impulsionados pela inteligência artificial, devem ganhar força nos próximos anos.
3. Consumo: tecnologias que ajudam empresas a ganhar market share e evoluir seus produtos, como o “fenômeno Shein”, são vistas como oportunidades de investimento.

Desafios e oportunidades

Apesar dos desafios econômicos globais, como a volatilidade cambial e o mercado de IPOs fechado, Oliveira acredita que as empresas de tecnologia na América Latina têm se adaptado.

“As empresas olharam para dentro de casa, ajustaram os seus modelos e se tornaram muito mais eficientes”, afirmou.

A sócia da Volpe Capital também destacou a importância do investimento em tecnologia para o desenvolvimento econômico da região.

“Tecnologia é uma questão de sobrevivência econômica de um país, é uma questão de proteção”, enfatizou Oliveira, comparando o investimento per capita em tecnologia no Brasil (US$ 7) com o dos Estados Unidos (mais de US$ 700).

Com foco em empresas que causam impacto relevante em seus setores, a Volpe Capital mantém sua estratégia de investir em disruptores e inovadores.

Oliveira citou exemplos como a Zippi, que ataca o crédito para microempreendedores, e a Caju Benefícios, no setor de benefícios, como casos de sucesso do portfólio da empresa.

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