Ações chinesas recuam com investidores à espera de mais estímulos econômicos

Ações chinesas recuam com investidores à espera de mais estímulos econômicos

Os mercados acionários da China e de Hong Kong caíram nesta quarta-feira (9) já que os investidores buscaram lucrar com a forte alta anterior, que foi atenuada pela falta de medidas de estímulo vigorosas para reanimar a economia.

Os índices de referência na China registraram suas maiores perdas diárias desde o início da pandemia da Covid-19, apesar do anúncio de uma coletiva de imprensa do Ministério das Finanças no sábado (12) para detalhar os planos de estímulo fiscal.

No fechamento, o índice de Xangai teve queda de 6,62%, enquanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 7,05%. Ambos os índices registraram suas maiores perdas em um dia desde fevereiro de 2020 e também interromperam uma sequência de 10 dias de ganhos.

O volume de negócios no mercado de ações A, que inclui ações listadas em Xangai, Shenzhen e Pequim, foi de 2,96 trilhões de iuanes (419,04 bilhões de dólares) nesta quarta-feira, abaixo do recorde de 3,485 trilhões de iuanes registrado no dia anterior.

O índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,38%, , embora continue sendo um dos mercados de melhor desempenho da região este ano.

Analistas de mercado disseram que as autoridades não conseguiram fornecer mais detalhes sobre as medidas de estímulo de Pequim na tão esperada coletiva de imprensa da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma na terça-feira (8), deixando os investidores desapontados.

“Eu diria que os recentes anúncios da comissão foram um pouco decepcionantes, principalmente porque não houve muito em termos de novos estímulos ou orientações claras para o futuro”, disse Nori Chiou, diretor de investimentos da White Oak Capital.

“O mercado está esperando um anúncio de estímulo fiscal em algum momento deste mês, algo em torno de 2 trilhões a 3 trilhões de iuanes é a faixa sobre a qual se fala”, disse Alvin Tan, chefe de estratégia de câmbio da Ásia na RBC Capital Markets.

Matheus Augusto

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