Ações do PayPal despencam 10% por desaceleração no 4º tri
As ações do PayPal caíam quase 10% nesta terça-feira (4), após a gigante de pagamentos digitais ver o crescimento de seus negócios desacelerar junto com um encolhimento da margem de lucro no quarto trimestre.
O segmento no qual o PayPal está inserido tradicionalmente tem sido um negócio de margens baixas por causa de competição ferrenha, mas tem visto forte crescimento nos últimos anos.
Sob o comando do presidente-executivo Alex Chriss, a empresa embarcou em um ambicioso plano de recuperação baseado em “crescimento rentável” e reformulou sua estratégia de preços, perdendo alguns clientes.
No quarto trimestre, o crescimento do volume total de processamento de pagamentos para terceiros do PayPal caiu drasticamente para 2%, de 29% no ano anterior.
“A administração tem foco maior no crescimento rentável do produto Braintree, que é o produto de ‘checkout’ sem marca do PayPal. Isso resultou em uma desaceleração nos volumes de pagamento para a empresa, mas melhorou a lucratividade em geral”, disse Logan Purk, analista da Edward Jones.
Enquanto isso, o crescimento dos produtos de marca — em que consumidores e varejistas interagem dentro da plataforma do PayPal diretamente, como o Venmo — também ficou abaixo das expectativas de alguns analistas, ofuscando a previsão otimista de lucro para 2025, que superou as estimativas de Wall Street.
As ações da empresa caíam 9,5% nesta terça-feira, a caminho de registrar seu pior dia em quase um ano.
Impulso para o lucro
Desde que assumiu o controle em 2023, o presidente-executivo do PayPal tem se concentrado em produtos de alta margem e renegociado com comerciantes os preços de várias ofertas.
A companhia projeta lucro ajustado entre US$ 4,95 e US$ 5,10 por ação para o ano, superando as expectativas de Wall Street de US$ 4,90, segundo estimativas compiladas pela LSEG.
No quarto trimestre, a empresa registrou lucro ajustado de US$ 1,19, superior às estimativas de US$ 1,12. A receita, por sua vez, subiu 4%, chegando a US$ 8,4 bilhões, enquanto o volume total de pagamentos cresceu 7%.
Quatro novos bilionários surgiram por semana em 2024, diz Oxfam