Após prévia apontar alta dos alimentos, IPCA de janeiro sai na terça (11)

Após prévia apontar alta dos alimentos, IPCA de janeiro sai na terça (11)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente ao mês de janeiro, que mede a inflação oficial do Brasil, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima terça-feira (11).

A prévia da inflação para o mês apresentou alta de 0,11%, pressionada pelos alimentos. O indicador é medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), cuja variação nos últimos 12 meses foi de 4,5%.

Em janeiro, o grupo Alimentação e Bebidas teve um avanço de 1,06% e que causaram um impacto de 0,23 ponto percentual no IPCA-15.

No mês, a alimentação no domicílio registrou variação de 1,1%, influenciada por aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%).

Já a alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro.

O IPCA-15 de janeiro registrou uma desaceleração em comparação a dezembro, quando o índice subiu 0,34%. Em 2024, o IPCA-15 acumulou alta de 4,71%.

A inflação sobre o preço dos alimentos causa preocupação no Palácio do Planalto.

Diante da alta de preços, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou aos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, que estudassem formas para controlar os preços.

Entre as medidas mencionadas, estão reduzir alíquotas de importação para produtos com preço no mercado internacional inferior ao registrado no mercado doméstico e estimular a produção de alimentos para aumentar a oferta e, consequentemente, reduzir o preço dos produtos.

Na avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a queda do dólar e a safra de 2025 vão ajudar a controlar os preços dos alimentos.

De acordo com o Banco Central (BC), a tendência é de que alta nos preços dos alimentos se propague no médio prazo.

Na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), a autoridade monetária informou que o cenário de inflação de curto prazo segue adverso e que há risco de descumprir a meta da inflação em junho.

No documento divulgado na última terça-feira (4), o BC apontou que a inflação deve fechar junho acima da meta de 3%, com intervalo de tolerância de até 4,5%.

Em 2025, passou a valer uma nova sistemática da meta de inflação em que o BC perseguirá uma meta contínua, na qual a variação do IPCA é considerada mês a mês.

Com a alteração, a autoridade monetária só descumprirá a meta se o acumulado de 12 meses ficar fora do intervalo proposto ao longo de seis meses consecutivos.

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Matheus Augusto

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