BC do Japão quer estabilizar inflação ao consumidor em torno da meta de 2%
O Banco do Japão buscará atingir de forma sustentável uma inflação de 2% medida pelo índice geral de preços ao consumidor, disse o presidente do banco central, Kazuo Ueda, nesta terça-feira (4), mantendo vivas as expectativas do mercado de um aumento da taxa de juros no curto prazo.
O índice geral de preços ao consumidor subiu 3,6% em dezembro na comparação anual, contra alta de 3,0% do núcleo, que elimina o efeito da volatilidade dos preços dos alimentos frescos.
“Nosso objetivo é fazer com que o índice geral se movimente em torno de 2% de maneira sustentável”, disse Ueda ao Parlamento.
“Quando falamos de inflação subjacente, excluímos fatores pontuais dos movimentos gerais do índice de preços ao consumidor. Mas esse processo, às vezes, pode ser difícil”, disse Ueda.
As falas de Ueda foram feitas após a decisão do Banco do Japão, no mês passado, de aumentar a taxa de juros de curto prazo para 0,5%, nível que não era visto no Japão há 17 anos, ressaltando a convicção das autoridades de que a economia está no caminho certo para alcançar aumentos de preços duradouros e impulsionados pelos salários.
As expectativas persistentes do mercado em relação a novos aumentos dos juros ajudaram a elevar o rendimento dos títulos do governo japonês de 10 anos em 2,5 pontos-base, atingindo 1,27% nesta terça-feira, máxima em 14 anos.
Desde que introduziu sua meta de inflação de 2% em 2012, o Banco do Japão afirmou que seu objetivo de longo prazo seria que o índice geral se movesse de forma estável em torno desse nível.
No entanto, ao avaliar se a inflação atingirá sua meta de forma sustentável, o banco central se concentra na inflação subjacente, ou seja, na tendência geral dos movimentos de preços que elimina fatores pontuais, como combustíveis e alimentos frescos.