BDM: Donald Trump pega leve com a China
Donald Trump surpreendeu os mercados ao anunciar uma abordagem mais branda nas tarifas sobre produtos chineses, sinalizando uma possível mudança em sua estratégia comercial.
O presidente dos Estados Unidos informou que aplicará uma sobretaxa de 10% aos produtos provenientes da China, um valor significativamente menor que os 60% inicialmente especulados, pontuou Téo Takar, editor-chefe do Bom Dia Mercado ao CNN Money.
A medida, prevista para entrar em vigor em 1º de fevereiro, vem acompanhada da expectativa de uma taxa de 25% sobre produtos do México e do Canadá.
“Se for consolidado esse número, o mercado deve consolidar a percepção de que o presidente americano, na verdade, não está a fim de criar uma guerra comercial, e sim começar o seu governo pegando um pouco mais leve”, disse.
No entanto, analistas sugerem que essa última proposta pode não se concretizar, refletindo a tática de negociação característica de Trump.
A decisão de Trump é vista como um sinal promissor para as relações entre Estados Unidos e China, trazendo alívio especialmente para mercados emergentes, como o Brasil.
A consultoria Capital Economics destaca que este padrão de negociação de Trump, alternando entre posturas agressivas e conciliatórias, já é familiar desde seu primeiro mandato.
As bolsas chinesas reagiram com quedas modestas após o anúncio. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,63%, enquanto em Xangai a queda foi de 0,89%.
O mercado de minério de ferro, crucial para o Brasil devido à Vale, registrou uma leve queda de 0,44% em Dalian.
Fontes do governo americano sugerem que as ameaças de tarifas mais altas contra Canadá e México são, na verdade, uma tática para pressionar esses países a antecipar a revisão do acordo comercial USMCA, prevista para 2026.
Trump parece estar focado especialmente no setor automotivo, buscando incentivar o retorno de montadoras para os Estados Unidos.
À medida que os objetivos de Trump se tornam mais claros, espera-se que os mercados se estabilizem nas próximas semanas.
Esta abordagem mais suave nas relações comerciais com a China pode indicar uma estratégia de negociação mais calculada, visando benefícios para a economia americana sem desencadear uma guerra comercial em larga escala.
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