Bolsa de NY avançam puxadas por megacapitalização em sessão véspera de Natal
Os principais índices de Wall Street avançaram nesta terça-feira (24), impulsionados por ganhos em algumas ações de megacapitalização e de crescimento, que fortaleceram os benchmarks em uma sessão de negociação reduzida antes do Natal.
Com as ações de megacapitalização exercendo influência desproporcional nos mercados, seu desempenho frequentemente é um motor-chave dos índices. Isso se torna ainda mais evidente em períodos de volumes de negociação reduzidos e com poucos outros catalisadores, já que muitos investidores se afastam devido às festas de fim de ano.
Todas as chamadas ações de megacapitalização do grupo “Sete Magníficos” subiram nesta terça, lideradas pelo avanço de 5,1% da Tesla.
A alta da montadora ajudou a impulsionar o índice de Consumo Discricionário, que avançou 1,9%, sendo o maior ganhador entre os nove setores do S&P que fecharam em território positivo.
Em outros setores, fabricantes de chips também apresentaram resultados positivos. Broadcom e Nvidia subiram 3% e 1,1%, respectivamente, enquanto Arm Holdings avançou 3,9%, recuperando grande parte do terreno perdido na sessão anterior, quando foi impactada por uma decisão judicial desfavorável.
Os mercados acionários encerraram as negociações às 13h (horário de Nova York) nesta terça-feira e permanecerão fechados na quarta-feira devido ao Natal.
Às 11h22 (horário do leste dos EUA), o S&P 500 avançava 0,70%, para 6.015,87 pontos. O Nasdaq Composite subia 1%, para 19.962,51. O Dow Jones Industrial Average ganhava ou 0,40%, alcançando 43.080,38.
“Os investidores estão aliviados com a possibilidade de que o corte de juros hawkish da semana passada, combinado com a leitura mais branda do índice PCE, indique que a inflação não seja uma grande ameaça ressurgente”, afirmou Sam Stovall, estrategista-chefe da CFRA Research.
“Como resultado, talvez o mercado continue a avançar lentamente até o fim do ano.”
Após uma forte corrida para máximas históricas após as eleições de novembro, que geraram expectativas de políticas pró-negócios sob o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, o rali de Wall Street enfrentou um obstáculo neste mês, enquanto os investidores lidam com a perspectiva de taxas de juros mais altas em 2025.
O Federal Reserve dos EUA reduziu os custos de empréstimos pela terceira vez neste ano na quarta-feira passada, mas sinalizou apenas mais dois cortes de 25 pontos-base no próximo ano, abaixo da projeção de setembro de quatro cortes, enquanto os formuladores de políticas avaliam a possibilidade de as políticas de Trump alimentarem a inflação.
Os traders esperam que o Fed mantenha as taxas na faixa de 4% a 4,25% até o fim de 2025, em comparação com a faixa de 3,75% a 4% projetada há cerca de dez dias, segundo a ferramenta FedWatch.
Os mercados estão atualmente em um período historicamente forte chamado “Rali de Papai Noel”.
Em média, o S&P 500 ganha 1,3% nos últimos cinco dias de dezembro e nos dois primeiros dias de janeiro, de acordo com dados do Stock Trader’s Almanac que remontam a 1969.
No entanto, participantes do mercado questionam se a escalada das ações dos EUA para novas máximas históricas será viável nos próximos dias, em meio a preocupações sobre avaliações excessivas e a saúde geral do mercado.
A NeueHealth disparou 69% depois que a provedora de serviços de saúde anunciou que a New Enterprise Associates, sua maior acionista, junto com um grupo de investidores existentes, levará a empresa ao capital privado em um acordo de US$ 1,3 bilhão.
As ações da American Airlines caíram 0,4% depois que a companhia aérea suspendeu brevemente todos os seus voos nos Estados Unidos devido a um problema técnico não especificado.
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