Bolsas da Ásia fecham sem direção única com alta em Xangai e tombo em Tóquio
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta segunda-feira (30), com as chinesas dando continuidade ao rali da semana passada em meio a mais medidas de estímulos de Pequim e antes de um longo feriado.
E a de Tóquio reagindo em forte queda à escolha de Shigeru Ishiba como futuro primeiro-ministro do Japão.
Na China continental, o índice Shanghai Composto avançou 8,06%, seu maior ganho diário em 16 anos, a 3.336,50 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto saltou 10,93%, a 1.927,48 pontos.
Após o banco central chinês (PBoC) anunciar novos incentivos para o combalido setor imobiliário, ampliando um agressivo pacote de estímulos que começou a ser revelado há uma semana e também inclui cortes de juros e de compulsórios bancários.
O rali chinês, que se estendeu por nove pregões, veio antes de um feriado que manterá os mercados locais fechados por uma semana.
Dados de atividade manufatureira da China também estiveram no radar.
O PMI industrial oficial do país subiu para 49,8 em setembro, superando as expectativas, mas a medida equivalente da S&P Global/Caixin decepcionou ao recuar para 49,3 no mesmo mês. De qualquer forma, as leituras abaixo de 50 sugerem contração da manufatura.
Já o índice Nikkei tombou 4,8% em Tóquio hoje, a 37.919,55 pontos, diante de preocupações de que Shigeru Ishiba, que deve assumir como primeiro-ministro do Japão nesta semana, adote políticas desfavoráveis ao mercado financeiro, como possíveis aumentos de impostos.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng subiu 2,43% em Hong Kong, a 21.133,68 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 2,13% em Seul, a 2.593,27 pontos, e o Taiex cedeu 2,62% em Taiwan, a 22.224,54 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana atingiu máxima histórica pelo segundo pregão seguido, com forte desempenho do setor minerador na esteira dos estímulos chineses. O S&P/ASX 200 avançou 0,70% em Sydney, ao patamar inédito de 8.269,80 pontos.