Bolsas da Europa operam em baixa, após decepção com medidas da China e vendas da Richemont

Bolsas da Europa operam em baixa, após decepção com medidas da China e vendas da Richemont

As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta sexta-feira (08), pressionadas por ações de mineração e do setor de luxo, após medidas de estímulo chinesas aquém do esperado e balanço de vendas desanimador da Richemont, grupo suíço controlador da joalheria Cartier.

Por volta das 6h50 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,44%, a 507,68 pontos. Apenas o subíndice da indústria mineradora tinha queda de 2,7%, enquanto o do setor de bens de luxo recuava 2,5%.

Mais cedo, a China anunciou que irá elevar o teto das dívidas de governos locais em 6 trilhões de yuans (o equivalente a US$ 840 bilhões), em um plano considerado modesto por investidores que aguardavam agressivas medidas de estímulo fiscal, principalmente depois da vitória do republicano Donald Trump na eleição presidencial dos EUA.

Durante a campanha, Trump ameaçou impor tarifas de 60% a importações chinesas.

Já a Richemont divulgou queda anual de 1% nas vendas do trimestre até o fim de setembro, em meio à fraqueza da demanda no mercado chinês. No horário acima, a ação do dona da Cartier tombava 4,5% em Zurique.

Antes do anúncio na China, os mercados acionários europeus vinham oscilando entre pequenas altas e baixas, um dia após tanto o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) quanto o Banco da Inglaterra (BoE) cortarem juros em 25 pontos-base.

Às 7h04 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,71%, a de Paris recuava 0,87% e a de Frankfurt cedia 0,71%. Já as de Milão e Madri tinham perdas de 0,85% e 0,25%, respectivamente. Na contramão, a de Lisboa subia 0,84%.

 

Matheus Augusto

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