Consórcios esperam manter crescimento de 8% em 2025, diz associação
O sistema de consórcios teve seu maior volume de vendas em 2024, com cotas avançando 8% ante 2023, e para 2025 é esperada alta similar, segundo levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), divulgado nesta sexta-feira (20).
O número de cotas contratadas até novembro foi de 4,17 milhões, alta de 7,8% em relação às 3,87 milhões de 2023, mostrou a entidade, que já previa um avanço entre 6% e 8%.
A somatória dos negócios realizados de janeiro a novembro, a partir das cotas comercializadas, alcançou R$ 354,13 bilhões, 20,6% acima dos 293,62 bilhões de um ano atrás.
O volume de adesões teve base formada principalmente por cotas de veículos leves, seguidas por motocicletas e motonetas; imóveis e veículos pesados, conforme a associação.
De acordo com o presidente-executivo da Abac, Roberto Rossi, a estimativa de fechamento para 2024 marca um dos melhores anos da modalidade.
“Ao somar 425,32 mil cotas comercializadas no mês de novembro, a segunda maior marca conquistada em vinte anos, o Sistema de Consórcios demonstrou sua força no mercado financeiro”, afirmou Rossi em comunicado da entidade.
Mas em meio à alta de juros e uma perspectiva de menor evolução do Produto Interno Bruto (PIB), o executivo afirma que o próximo ano será de “superação de desafios”.
Ainda assim, a associação prevê crescimento de 8% para o sistema de consórcios em 2025, com aumentos percentuais em todos os segmentos, liderados por eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis (+23%).
A Ademicon, administradora de consórcios associada da Abac, prevê crescer 26% em volume de negócios realizados em 2025, após ultrapassar a marca de R$ 26 bilhões em 2024.
“A situação no Brasil traz bastante insegurança e o consórcio é diferente disso”, afirmou a presidente da companhia, Tatiana Reichmann, acrescentando que a modalidade não tem juros, apenas taxa de administração e atualizações anuais.
Cerca de 70% dos créditos comercializados na Ademicon são para aquisição de imóvel, seguidos por 25% de veículos e o restante em serviços.
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