Demanda por crédito no Brasil cai 7% em 2024, diz pesquisa
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A procura por financiamento no Brasil fechou 2024 com queda de 7%, segundo o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC). Contudo, houve crescimento de 6% em dezembro, na comparação com novembro do ano passado.
Além disso, o INDC mostrou alta de 18% em dezembro no confronto com igual mês de 2023, quando o dado consolidado caiu 13%, de acordo com o levantamento antecipado ao Broadcast.
“Apesar do cenário ainda delicado para o setor de crédito, considerando que 2023 já havia apresentado um recuo significativo em relação a 2022 (-13%), a reta final de 2024 traz boas perspectivas para o ano atual”, avalia Natália Heimann, líder da Business Unit de Dados & Analytics para Crédito da Neurotech e responsável pelo INDC.
O recuo do indicador em 2024 foi puxado pela diminuição na busca por financiamento no varejo e no setor financeiro, que apresentaram declínios entre 3% e 20%, respectivamente. Só houve expansão no segmento de serviços, que cresceu 30% no ano passado.
Historicamente, pontua a executiva, o varejo é o segmento de maior impacto no INDC por englobar categorias importantes para o cotidiano dos brasileiros, como supermercados e vestuário, o que explica a queda de 7% no apanhado geral, mesmo com outras categorias mostrando desempenho acima da média.
“Com a consolidação do bom momento para os serviços, que cresceram em todos os meses do ano passado, uma esperada recuperação do varejo pode fazer de 2025 um ano histórico para a oferta de crédito”, diz Natália Heimann.
Juros
Ainda que em menor magnitude do que a retração de 13% do INDC em 2023, o recuo ocorre diante de condições de crédito mais apertadas, após o aumento da Selic. O juro básico no Brasil saltou a dois dígitos pela primeira vez fevereiro de 2022, quando foi de 9,25% para 10,75%.
Recentemente, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou o juro básico nos três últimos encontros, com a taxa indo a 13,25% ao ano em janeiro de 2025.
“O ano passado foi marcado por um cenário econômico, em geral, ainda muito conturbado. Principalmente considerando o crescimento constante das taxas de juros, que tem impacto inevitável para o consumo”, analisa a responsável pelo INDC.
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