Dólar e bolsa sobem após decisões de juros e dados no Brasil e nos EUA
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O dólar e a bolsa brasileira avançam nesta quinta-feira (30), com os investidores reagindo às decisões da véspera dos juros nos Estados Unidos e no Brasil.
O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa inalterada entre 4,25% e 4,5% ao ano, enquanto a autoridade monetária brasileira elevou a Selic em 1 ponto, a 13,25%.
Investidores também analisam a bateria de dados econômicos publicados na manhã, com destaque para números do mercado de trabalho no Brasil e Produto Interno Bruto (PIB) e inflação dos Estados Unidos.
Por volta das 14h25, o dólar à vista subia 0,61%, a R$ 5,891 na venda.
Na quarta-feira (29), o dólar fechou em leve baixa de 0,02%, aos R$ 5,868 – a menor cotação desde 26 de novembro do ano passado, quando encerrou em R$ 5,809.
No mesmo horário, o Ibovespa tinha variação positiva de 2,40%, a 126,3 mil pontos.
Emprego, PIB e inflação
Na cena doméstica, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira, mostraram que o Brasil fechou 535.547 vagas formais de trabalho em dezembro.
O resultado ficou acima da expectativa de economistas apontada em pesquisa da Reuters de fechamento líquido de 402.500 vagas.
No total de janeiro a dezembro de 2024, houve criação de 1.693.673 postos, resultado de 25.567.248 admissões e 23.873.575 desligamento. Segundo o ministério, o saldo de empregos em dezembro historicamente apresenta retração.
Já às 15h saem dados do Tesouro Nacional, também de dezembro e do acumulado de 2024.
No cenário internacional, as atenções se voltam Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no quarto trimestre de 2024, com crescimento abaixo do esperado.
A economia dos Estados Unidos expandiu a uma taxa anualizada de 2,3% no quarto trimestre, a medida mais ampla de produção econômica, de acordo com novos números do Departamento de Comércio divulgados na quinta.
O dado ficou um pouco abaixo das expectativas dos economistas de uma taxa de 2,4%, segundo a FactSet. Os números são ajustados para oscilações sazonais e inflação.
O mercado também acompanha o índice de gastos com consumo (PCE) — o indicado de inflação favorito do Fed —, que subiu a 2,3% no quarto trimestre, com núcleo subindo 2,5%.
As estimativas iniciais foram publicadas pelo Departamento de Comércio.
Fed e BC
Investidores ainda digerem as decisões da “superquarta”, com resultados sem surpresas aos analistas.
Nos EUA, o Fed segurou os juros no mesmo patamar da última reunião, em dezembro.
A decisão já era esperada pelo mercado em meio às expectativas de analistas com o potencial inflacionário das políticas sinalizadas por Donald Trump, como a taxação de importações e a deportação de imigrantes ilegais.
Em coletiva após a divulgação dos dados, o chair Fed, Jerome Powell, disse que é muito cedo para dizer o que as políticas de Trump farão e que o banco central norte-americano levará o tempo necessário para avaliar as medidas.
As autoridades do Fed estão “esperando para ver quais políticas serão promulgadas” com o novo presidente.
“Não sabemos o que acontecerá com as tarifas, com a imigração, com a política fiscal e com a política regulatória”, disse.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC voltou a subir a taxa básica de juros do país em um ponto percentual, a 13,25% ao ano.
O colegiado votou unanimemente pelo ajuste.
O Copom reforçou compromisso com o guidance sinalizado anteriormente, e disse que deve realizar uma alta de mesma magnitude na próxima reunião, levando a Selic a 14,25% em março.
“O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”, afirmou o Copom em seu comunicado.
App da Carteira de Trabalho Digital permite consultar vagas de emprego
*Com informações da Reuters