“É burrice achar que produtor de Mato grosso ateia fogo ” discorda Mauro Mendes de depoimento da Ministra Marina Silva

“É burrice achar que produtor de Mato grosso ateia fogo ” discorda Mauro Mendes de depoimento da Ministra Marina Silva

O governador Mauro Mendes (União) discordou da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que afirmou que os produtores rurais são os principais responsáveis pelos incêndios florestais em Mato Grosso.

Em junho, a ministra declarou que 85% das queimadas no Pantanal ocorrem em propriedades privadas devido a ações humanas.

Mendes, em entrevista à Jovem Pan FM, respondeu: “O que ela diz não se aplica a Mato Grosso. É um grande erro pensar que um produtor rural incendiaria sua própria propriedade. Essa é uma lenda. A matéria-prima deixada após a colheita é crucial para a próxima safra, e a queima representa um enorme prejuízo.”

Ele apresentou dados, afirmando que em Mato Grosso existe um foco de incêndio a cada cem quilômetros quadrados em áreas produtivas, enquanto nas áreas de conservação há quatro focos, cinco em terras indígenas e seis em assentamentos rurais. Mendes destacou que os produtores têm brigadas locais equipadas com caminhões-pipa e, em grandes propriedades, unidades de combate a incêndios.

Após decretar, em 30 de agosto, situação de emergência devido às queimadas, Mendes voltou a discutir a preservação da Amazônia e do Pantanal. A medida terá validade de 180 dias e permitirá que as autoridades utilizem todos os recursos necessários para proteger os biomas.

O governador também criticou a legislação brasileira, considerando-a fraca para punir desmatadores ilegais, e pediu à ministra que promova uma revisão penal para crimes ambientais.

“Desmatamento ilegal ocorre no Brasil porque a legislação é branda. Sugeri à ministra criminalizar o desmatamento ilegal, fazendo com que quem desmatar ilegalmente perca a terra, assim como ocorre com quem planta cocaína ou maconha. No entanto, ela não tomou nenhuma atitude. Gostaria que ela agisse como uma verdadeira líder ambientalista”, afirmou.

“Precisamos criminalizar, pois existem facções criminosas e indivíduos irresponsáveis que estão colocando fogo nas terras. Vamos mudar a lei para impor penalidades severas a esses indivíduos, que prejudicam não apenas o meio ambiente, mas também a atividade produtiva nas áreas afetadas por queimadas”, concluiu.

 

Redação JA/ Foto: reprodução

Matheus Augusto

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