Gestão de Emanuel pagou R$ 50 milhões para empresas de tecnologia, apenas em 2024
Ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), pagou cerca de R$ 50 milhões, apenas no ano passado, à empresas do ramo de tecnologia da informação
Conteúdo/Odoc
Fibra ótica, semáforos inteligentes, softwares avançados, entre outros aparatos tecnológicos, consumiram, apenas em 2024, aproximadamente R$ 50 milhões dos cofres públicos da prefeitura de Cuiabá. Levantamento exclusivo realizado pelo portal O Documento aponta que a gestão liderada pelo ex-prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB), não economizou na contratação de empresas especializadas em tecnologia da informação.
Para atender uma cidade com pouco mais de 600 mil habitantes, a prefeitura da capital realizou diversas licitações e até adesões, nos últimos anos, e efetivou contratos públicos com 10 empresas que atuam no mercado de informática e tecnologia.
Entre elas, a Log Lab Inteligência Digital, por exemplo, enfrenta investigação da Polícia Federal. Durante a deflagração da Operação Iterum, a empresa foi alvo de busca e apreensão. Antes da investida dos federais, em julho de 2020, o proprietário da Log Lab, Antônio Fernando Ribeiro, foi preso pela Polícia Civil de Goiás, acusado de fraudar licitação naquele estado.
Na época, durante o cumprimento dos mandados, os policiais goianos apreenderam R$ 500 em dinheiro vivo no apartamento do empresário, localizado em um bairro nobre de Cuiabá.
Além da Log Lab, outras nove empresas que atuam no ramo de tecnologia também receberam recursos da prefeitura, em 2024. Algumas delas venceram licitações, e outras celebraram adesões através de atas de concorrência pública realizadas em cidades do interior.
Confira valores e nomes das empresas que firmaram contratos na gestão de Emanuel ao longo do ano passado: Bridge Comunicação e Informática (R$ 3,3 milhões), DSS Serviços de Tecnologia da Informação (R$ 1,7 milhão), Hiperbiti Soluções Tecnológicas (R$ 1,7 milhão), Log Lab Inteligência Digital (R$ 5,6 milhões), Metta Service (R$ 1,3 milhão), Precisa Sistema de Tecnologia (R$ 6,2 milhões), Selprom Tecnologia (R$ 3 milhões), Serget Serviços de Trânsito (R$ 14,2 milhões), Stelmat (R$ 3,6 milhões) e Tecner Datacenter Ltda (R$ 9 milhões).
Durante a campanha do ano passado, o recém empossado prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), criticou os gastos elevados com empresas de tecnologia. O novo gestor, durante os debates televisivos disse que, se eleito, iria revisar os contratos, acima citados. Agora, no cargo, Brunini terá a oportunidade de fazer um “pente fino” na contabilidade da administração anterior.
