Magistrado tenta enganar PF e não atende o chamado na porta da residência – Jornal Advogado – Em Mato Grosso

Magistrado tenta enganar PF e não atende o chamado na porta da residência – Jornal Advogado – Em Mato Grosso

Um relatório da Polícia Federal enviado ao Supremo Tribunal Federal revela que o desembargador do Tribunal de Justiça João Ferreira Filho, suspeito de vender sentenças, teria tentado enganar os agentes durante um mandado de busca e apreensão em sua residência.

 

A informação foi divulgada pelo jornal A Gazeta neste domingo (22).

 

O fato teria ocorrido na primeira fase da Operação Sisamnes, que investiga um suposto esquema de venda de sentenças no Tribunal. Além de Ferreira, também foi alvo o desembargador Sebastião de Moraes Filho. Ambos estão afastados do cargo por ordem do Conselho Nacional de Justiça.

 

“Batemos na casa do desembargador João Ferreira Filho, tocamos a campainha, mas ninguém atendeu. Chamamos um chaveiro e, ao entrar, encontramos ele e a esposa sentados na cama, com os armários todos abertos e revirados”, informou a PF no relatório.

 

Na sexta-feira (20), a Polícia Federal realizou a segunda fase da operação com o cumprimento de novas buscas e medidas cautelares.

 

A operação foi autorizada pelo ministro do Supremo Cristiano Zanin, que ordenou o afastamento das servidoras Maria de Lourdes Guimarães Filha, esposa do magistrado, e Alice Terezinha Artuso, filha.

 

A primeira fase da operação revelou que Alice Artuso teria movimentado dinheiro para a aquisição de bens de alto valor, e que ela atuaria como intermediadora do suposto recebimento de valores ilícitos oriundos do advogado Roberto Zampieri.

 

Os dados levantados pela Polícia Federal revelam indícios de que Alice Artuso teria recebido R$ 1,8 milhão de uma empresa que tinha Zampieri como sócio.

 

Uma das transações identificadas pelo Coaf se refere ao pagamento por Alice de uma parcela de R$ 25 mil pela compra de uma moto Harley-Davidson possivelmente em favor de João Ferreira Filho.

 

Também foi detectado o pagamento de um boleto, no valor de R$ 275 mil, a uma empresa do setor de imóveis também supostamente em favor do desembargador.

 

Redação JA/ Foto: reprodução

Matheus Augusto

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