Mato Grosso e São Paulo lideram prejuízos no agronegócio por queimadas no agosto e setembro Amarelo – Jornal Advogado – Em Mato Grosso
Os produtores rurais de São Paulo e Mato Grosso enfrentam os maiores danos causados pelas queimadas que ocorreram entre junho e agosto deste ano, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O estado de São Paulo registrou perdas de R$ 2,8 bilhões, enquanto Mato Grosso somou R$ 2,3 bilhões em prejuízos.
No total, o Brasil contabiliza uma estimativa de R$ 14,7 bilhões em perdas. Além de São Paulo e Mato Grosso, o Pará e Mato Grosso do Sul também foram severamente impactados, com perdas de R$ 2 bilhões e R$ 1,4 bilhões, respectivamente.
A CNA baseou suas estimativas em danos à pecuária e pastagens (R$ 8,1 bilhões), à cana-de-açúcar (R$ 2,7 bilhões), e a outras culturas, além de cercas de pastagens, que totalizam R$ 2,8 bilhões. Aproximadamente 2,8 milhões de hectares de propriedades rurais foram afetados.
Os cálculos das perdas levaram em conta o custo de reposição da matéria orgânica, os danos à cana-de-açúcar não colhida, as quedas na produtividade do rebanho devido à limitação de pasto, e as perdas em cercas e nutrientes no solo.
A CNA também defende os agricultores contra críticas que vinculam as queimadas às práticas dos produtores, enfatizando a diferença entre queimadas controladas e incêndios criminosos, além do papel dos agricultores na prevenção e combate aos incêndios.
“As queimadas controladas são uma prática agrícola em sistemas de baixa tecnologia, utilizadas para renovar pastagens, combater pragas, eliminar resíduos e preparar áreas para o plantio. Cada queimada em um imóvel rural é autorizada por órgãos ambientais e ocorre em horários e locais determinados. Em contraste, os incêndios são descontrolados, podendo ser acidentais ou criminosos, causando destruição sem limites de tempo ou espaço”, explica a Confederação.
Para a CNA, os produtores rurais são os principais afetados pelos incêndios, que impactam diretamente a produtividade da terra. Os efeitos incluem a redução de matéria orgânica, microrganismos e minerais no solo, além da diminuição da capacidade de infiltração de água e o aumento da erosão e desertificação.
Redação JA/ Foto: reprodução