Mercado vê déficit primário menor em 2025, mas maior em 2026, mostra Prisma
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Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram sua previsão para o resultado primário do governo em 2025, mas pioraram a projeção para 2026, prevendo também uma dívida pública bruta menor neste ano e maior no próximo, mostrou nesta segunda-feira o relatório Prisma Fiscal de fevereiro.
Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de R$ 80,0 bilhões em 2025, ante visão anterior de déficit de R$ 84,286 bilhões, com uma projeção maior de receitas e uma redução pequena na estimativa de despesas.
Para 2026, a expectativa para o resultado primário piorou e foi a um déficit de R$ 83,301 bilhões, ante R$ 79,308 bilhões no mês passado.
Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas agora esperam que ela chegue a 80,74% do Produto Interno Bruto (PIB) ao final de 2025, abaixo dos 81,20% projetados em janeiro. Em 2026, a previsão é de que a dívida chegue a 84,90% do PIB, ante projeção anterior de 84,70%.
Os dados vêm em meio a preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal, enquanto o choque nos juros básicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública.
O governo anunciou medidas de contenção de gastos no fim do ano passado, mas o pacote não foi bem recebido pelo mercado sob avaliação de que as iniciativas não são suficientes para sanear as contas públicas e devido ao anúncio concomitante de um projeto de reforma do Imposto de Renda.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na semana passada que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia um conjunto de novas medidas econômicas para apresentação ao Congresso Nacional, sem dar detalhes do teor das propostas.
A meta do governo é zerar o déficit primário ao fim deste ano, com alvo de superávit de 0,25% do PIB nas contas de 2026.
Para a arrecadação, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de R$ 2,849 trilhões em 2025, contra R$ 2,844 trilhões estimados no mês anterior. Em 2026, a arrecadação federal é vista em R$ 3,027 trilhões, contra R$ 3,009 trilhões projetados em janeiro.
Os economistas consultados no Prisma ainda reduziram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano – para R$ 2,383 trilhões, de R$ 2,384 trilhões anteriormente – e para 2026 – a R$ 2,541 trilhões, de R$ 2,546 trilhões em janeiro.
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