Meu governo não engaveta denúncias de ninguém, diz Mauro Mendes – Jornal Advogado – Em Mato Grosso

Operação Suserano Investiga Esquema de Emendas Parlamentares na Aquisição de Kits para Agricultura Familiar

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), declarou que aguarda a finalização das investigações sobre o suposto envolvimento do ex-secretário Luluca Ribeiro (MDB) em irregularidades na compra de equipamentos pela Secretaria de Agricultura Familiar (Seaf). Luluca foi alvo de uma operação da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), realizada na última terça-feira (24).

Essa ação faz parte da Operação Suserano, que cumpriu mandados de busca e apreensão após denúncias de irregularidades na aquisição de kits agrícolas, como máquinas e equipamentos, utilizando recursos de emendas parlamentares. A Controladoria Geral do Estado (CGE) iniciou a investigação ao identificar possíveis ilegalidades no processo.

Em resposta, Luluca Ribeiro classificou o parecer da CGE como um “erro crasso e tendencioso”, afirmando que as aquisições seguiram a legislação, permitindo compras pelo preço de mercado. O ex-secretário também acusou o órgão de ter induzido o Ministério Público, o Judiciário e a Polícia Civil ao erro.

Durante uma conversa com a imprensa, o governador enfatizou que o governo recebeu a denúncia e a encaminhou aos órgãos competentes para investigação. Ele ressaltou que, caso sejam encontradas irregularidades, os envolvidos deverão ser responsabilizados. “Se ninguém tem nada a temer, como diz Luluca, a investigação vai esclarecer tudo. Se alguém errou, essa pessoa vai responder”, afirmou Mendes.

Ele também destacou que o governo não ignora denúncias relacionadas ao uso de recursos públicos e sempre busca apurar os fatos. “É complicado para qualquer agente público receber uma denúncia concreta e ignorá-la. O nosso governo não age assim. Pedimos a verificação e a partir daí não temos mais controle”, acrescentou.

Luluca Ribeiro foi exonerado do cargo de secretário de Agricultura Familiar em 23 de julho deste ano, antes do início da operação. Ele defende que todas as compras realizadas na Seaf foram feitas conforme os parâmetros legais e espera o desfecho das investigações para se manifestar oficialmente sobre o caso.