Ministros reagiram de várias maneiras ao pacote fiscal, diz Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que os outros ministros da Esplanada que devem ser afetados pelos cortes compreenderam a necessidade do pacote de corte de gastos.
Na semana passada, Luiz Marinho (Trabalho), Carlos Lupi (Previdência), Camilo Santana (Educação) e Nísia Trindade (Saúde) participaram de reuniões com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o tema.
“Os ministros foram submetidos a essa ideia. Reagiram de várias maneiras, mas todos compreenderam a necessidade de termos sustentabilidade nos próximos anos”, disse Haddad.
Pela manhã, Haddad se reuniu com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes das Forças Armadas para debater possíveis medidas de corte de gastos na pasta.
Segundo o ministro da Fazenda, as Forças Armadas colocaram suas equipes técnicas à disposição do Tesouro Nacional para debater as medidas que estão sendo estudadas pelo governo federal na pasta.
“A ideia é de que, para o arcabouço fiscal dar certo, tem que ser reforçado no segundo momento. Tem a regra geral que foi estabelecida no ano passado. O que está saindo da regra geral nós temos que procurar colocar dentro desse mesmo guarda-chuva para que ele seja sustentável no tempo”, disse Haddad.
Sem dar detalhes, o ministro afirmou que o pacote de corte de gastos terá um “número expressivo”. Haddad disse que a equipe econômica está pronta para anunciar as medidas, mas que isso depende do aval do presidente Lula sobre o tema.
O ministro da Fazenda se reuniu na tarde desta quarta-feira (13) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Ao ser questionado por jornalistas se o pacote será apresentado até sexta-feira (15), Haddad respondeu não saber se há tempo hábil.
“Hoje ainda temos uma reunião com o presidente. Não sei se há tempo hábil. Se o presidente autorizar, nós anunciamos. Assim que ele der autorização, nós estamos prontos para dar publicidade aos detalhes do que já está sendo assistido aqui”, afirmou.
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