Peru espera assinar pacto de livre comércio com Índia em 2025, diz ministro
O Peru pretende finalizar as negociações para um acordo de livre comércio com a Índia em 2025 e está avançando nas conversas para estabelecer um pacto comercial semelhante com a Indonésia no futuro, disse a ministra peruana de Comércio Exterior e Turismo, Ursula Leon.
Um novo pacto com a Índia permitiria ao país sul-americano ter livre comércio com as duas nações mais populosas do mundo, já que o Peru possui livre comércio com a China desde 2009.
Leon afirmou que as negociações com a Índia se estenderam por oito rodadas e precisaram ser interrompidas anteriormente durante as eleições no país, no início de 2024.
“Esperamos avançar nas negociações agora que foram retomadas e que no próximo ano, em 2025, possamos ter um acordo de livre comércio com a Índia”, disse Leon em entrevista em seu escritório nesta sexta-feira (8).
O comércio entre Peru e Índia aumentou nos últimos anos com as vendas de ouro do país andino. As exportações peruanas para a Índia somaram cerca de US$ 3,5 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, um aumento de 77% em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do governo peruano.
O Peru, o terceiro maior produtor mundial de cobre, também está negociando um acordo de livre comércio com a Indonésia, o quarto país mais populoso do mundo, com uma população de mais de 280 milhões de pessoas.
Leon disse que o Peru espera avançar nas negociações com a Indonésia durante o fórum da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), que será realizado em Lima na próxima semana.
“Acredito que podemos apresentar, diante da APEC, um avanço substancial neste acordo de livre comércio com a Indonésia”, disse Leon.
O Peru também assinará um acordo atualizado de livre comércio com a China, informou o ministro das Relações Exteriores do Peru nesta sexta-feira.
O Peru deseja firmar com o Brasil um acordo para fortalecer os laços econômicos, o qual tem aguardado um protocolo anticorrupção desde 2016, e eventualmente ter um pacto de livre comércio, disse Leon.
“Após tudo o que ocorreu nos últimos anos com algumas empresas brasileiras, é muito importante ter a cláusula anticorrupção dentro do texto do acordo”, disse Leon.