Polícia não indicia suspeito de agredir psicólogo na Nuun e descarta motivação homofóbica
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Conteúdo/ODOC – O inquérito policial que investigava a agressão contra o psicólogo Douglas Luiz Rocha de Amorim, ocorrida no banheiro da boate Nuun Garden, em Cuiabá, foi concluído pela Polícia Civil. A polícia entendeu que o suspeito, Yuri Matheus de Siqueira Matos, responderá pelo crime de lesão corporal leve, sem indiciamento formal, por se tratar de um delito de menor potencial ofensivo.
O caso ganhou repercussão devido à suspeita inicial de que a agressão teria sido motivada por homofobia, já que a vítima é homossexual. No entanto, de acordo com o delegado Flávio Henrique Stringueta, responsável pelo inquérito, as investigações não encontraram provas suficientes para confirmar essa hipótese.
Segundo o relatório final, a discussão entre Douglas e Yuri teve início após um desentendimento no banheiro da boate, onde, de acordo com o suspeito, Douglas teria tentado tocá-lo de forma inapropriada, o que gerou um confronto verbal. Yuri afirmou ter sido chamado de “homofóbico” pela vítima, enquanto Douglas negou qualquer tentativa de contato físico, mas confirmou ter proferido ofensas contra o agressor.
Testemunhas ouvidas durante a investigação não conseguiram confirmar a existência de declarações de cunho homofóbico por parte de Yuri. Imagens de câmeras de segurança mostraram o suspeito retirando o relógio antes de entrar no banheiro, o que, segundo o delegado, indica a intenção de iniciar uma briga física.
No laudo final, o delegado destacou a falta de elementos que comprovassem a motivação homofóbica da agressão, optando por aplicar o princípio do “in dubio pro reo” (na dúvida, decide-se em favor do réu). O inquérito foi encaminhado ao Judiciário para as providências cabíveis.o ao Ministério Público, que agora deve avaliar se oferece denúncia contra o agressor.