Resultados de pesquisas da Fundação MT mostram soluções sobre cultivares de soja, manejo e combate de daninhas
Um manejo eficiente, com uso de determinados herbicidas para dessecação, se apresenta como a alternativa mais viável para o controle do capim-pé-de-galinha, uma das principais plantas daninhas encontradas nas lavouras de soja nas últimas safras. A erva invasora tende a competir com a soja na disputa por espaço e nutrientes, assim, resulta na redução de produtividade nas lavouras. O manejo para controlar o capim pé-de-galinha é um dos temas de destaque na programação do evento Fundação em Campo Safra, realizado pela Fundação Mato Grosso (Fundação MT), no próximo dia 05 de fevereiro, em Itiquira.
“Traremos tratamentos bem focados, novas ferramentas para dessecação de capim pé-de-galinha e posicionamento de novos herbicidas que devem ser usados nessa dessecação. É uma abordagem objetiva para ajudar os produtores a enfrentarem esses desafios específicos no campo”, explicou Lucas Barcellos, pesquisador de Matologia da Fundação MT.
Os mais recentes resultados e avanços em estudos sobre cultivares, manejo de pragas, doenças e novas tecnologias agrícolas estão sendo apresentados aos produtores e profissionais técnicos envolvidos com a agricultura, durante as etapas do Fundação em Campo Safra, evento promovido pela Fundação MT em vários municípios de Mato Grosso, neste ano de 2025. O primeiro deles foi realizado em janeiro, no município de Sorriso, e neste mês de fevereiro, as informações estarão acessíveis ao público do sul e sudeste do estado, no município de Itiquira. O dia de campo, que será realizado no dia 05 de fevereiro, vai trazer a importância de práticas integradas para maximizar a produtividade e promover a sustentabilidade das lavouras de soja. Durante o Fundação em Campo Safra, pesquisadores alertam ainda para o monitoramento constante, uso racional de insumos e integração de tecnologias para garantir a sustentabilidade e o aumento da produtividade agrícola, alinhando inovação e boas práticas agronômicas.
Cultivares e tecnologias inovadoras – As informações sobre a condução de ensaios consolidados para avaliar o desempenho de cultivares de soja também ganham destaque durante o Fundação em Campo Safra. A pesquisadora Daniella Dalla Costa, especialista em fitotecnia, explica que das 64 variedades de soja mantidas em ensaio no município de Sorriso, 35 foram apresentadas aos participantes do evento, sendo que 90% desses materiais são novidades no mercado. “São materiais que as empresas estão trazendo para essa e para as próximas safras, com diferentes plataformas tecnológicas, como por exemplo a I2X, Conkesta Enlist e HB4. O acesso às informações permite ao produtor ter mais direcionamento nas tomadas de decisão sobre o que cultivar”, ressalta Daniela.
Além de avaliar o potencial produtivo, os ensaios abordam características como a sensibilidade a doenças, ou ainda a suscetibilidade a pragas, especialmente a mosca-branca. “Os produtores podem observar no campo como esses materiais respondem a diferentes pressões de doenças e pragas. Neste sentido, a Fundação presta um serviço ao auxiliar cada agricultor na escolha da melhor estratégia para a sua lavoura”, complementa a pesquisadora.
Controle de doenças e estratégias preventivas – Ainda seguindo as análises de comportamento de diferentes cultivares, a pesquisadora Mônica Muller, especialista em Fitopatologia e Biológicos, destaca a importância de usufruir de informações sobre o manejo integrado no controle de doenças. No evento Fundação em Campo Safra são apresentados resultados que correlacionam materiais mais plantados e as respostas que eles dão aos diferentes usos de fungicidas, desde sítios específicos até multissítios e biológicos. “Mostramos a relevância de aplicações antecipadas e o impacto que elas têm no controle de doenças ao longo de todo o ciclo da cultura da soja”, afirma Mônica.
A pesquisadora também enfatiza a necessidade de um programa de manejo bem estruturado desde o início da safra. “Se o programa começa fragilizado, as aplicações posteriores não conseguem corrigir a deficiência inicial. Isso ficou muito evidente em áreas com alta incidência de manchas foliares, como em Sorriso, e nos cuidados para evitar a incidência de ferrugem em semeaduras tardias”, alerta a pesquisadora da Fundação Mato Grosso (Fundação MT).
Informação que traz resultados
As discussões apresentadas por pesquisadores de diferentes áreas, durante o evento Fundação em Campo Safra, reforçam o compromisso da Fundação Mato Grosso (Fundação MT) em oferecer soluções baseadas em ciência, adaptadas às condições específicas de cada região, contribuindo para as decisões mais certeiras no campo.
Em Itiquira, no próximo dia 05 de fevereiro, o Fundação em Campo será realizado no CAD Sul, localizado na Fazenda Cachoeira, na BR-163, km 040, a partir das 7h30. No site www.fundacaomt.com.br é possível acompanhar a programação completa.