TJ nega tirar tornozeleira de investigador da PC acusado de esquema de propina em Mato Grosso

TJ nega tirar tornozeleira de investigador da PC acusado de esquema de propina em Mato Grosso

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou habeas corpus e  manteve o investigador de Polícia Civil Marcos Paulo Angeli, alvo da Operação Diaphthora,  obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica.

A decisão foi tomada pela 4ª Câmara Criminal em sessão realizada nesta semana. Os desembargadores seguiram por unanimidade o voto do relator, Lidio Modesto.

A Operação Diaphthora foi deflagrada em abril do ano passado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil e apura um suposto esquema de cobrança de propina na Delegacia de Peixoto de Azevedo.

No habeas corpus, a defesa do investigador alegou que a manutenção do monitoramento é “desnecessário”, sustentando que já se passaram sete meses da aplicação.

No voto, o relator rebateu a defesa e afirmou que a “manutenção do monitoramento eletrônico encontra-se devidamente fundamentada na gravidade concreta dos delitos e na condição funcional do agente”.

“O lapso temporal da imposição da medida não configura excesso de prazo, já havendo audiência de instrução e julgamento designada, permanecendo inalterado o quadro fático que justificou sua aplicação”, votou.

Operação Diaphthora

Além do investigador, o delegado Geordan Fontenelle também foi preso na operação e solto mediante uso de tornozeleira.

Segundo as investigações, ambos montaram um verdadeiro “gabinete do crime” na delegacia.

A Policial Civil recebeu denúncias pelo Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, revelando situações como solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial.

Conforme o inquérito, o delegado e o investigador teriam exigido pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos, de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial.

Eles respondem por crimes de corrupção passiva, associação criminosa e advocacia administrativa.

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