“Nada ficará encoberto”, ressalta vereador da base ao afirma que Prefeitura não teme ação da PF

“Nada ficará encoberto”, ressalta vereador da base ao afirma que Prefeitura não teme ação da PF

Conteúdo/ODOC – O vereador Marcrean Santos (MDB), líder do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara Municipal, afirmou que a administração municipal não tem motivos para temer a Operação Miasma, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (28). A operação investiga possíveis crimes de fraude à licitação e peculato em contratos na Secretaria de Saúde de Cuiabá.

Santos comentou que recebeu a notícia com “bastante tranquilidade” e garantiu que a prefeitura irá esclarecer todos os fatos investigados. Ele destacou que a gestão municipal não efetuou pagamentos a empresas alvo da operação policial.

“A denúncia está vinculada aos anos de 2021 a 2024. Em 2023, a saúde não estava sob gestão municipal, mas sob intervenção, que fez várias adesões de ata e pagamentos. As informações que tenho indicam que a gestão de 2024 não fez nenhum pagamento às empresas denunciadas. A gestão está colaborando com a Justiça Federal e a imprensa para esclarecer todos os fatos,” ressaltou o vereador.

Santos enfatizou que a administração municipal está comprometida com a transparência e a investigação dos fatos. “Se há denúncia e operação, é para investigar. É o dinheiro do povo que está sendo aplicado e deve ser investigado. Nada contra qualquer tipo de operação ou denúncia. A gestão está às claras, aberta a esclarecer todos os fatos que estão sendo apurados,” reforçou.

A Operação

A Operação Miasma está relacionada a duas investigações em curso na 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso, envolvendo crimes cometidos entre 2021 e 2023. A primeira investigação, realizada em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU), apura a contratação de uma empresa para fornecimento de software de gestão documental, com um valor aproximado de R$ 14 milhões.

As apurações indicam indícios de irregularidades no processo de adesão à ata de registro de preço, incluindo a participação de diversas empresas parceiras. Foi constatado que a liberação e pagamento das licenças do software não estavam correlacionados com a implantação efetiva e a adesão à funcionalidade. Após o pagamento de mais da metade do contrato, o ente público estabeleceu, por portaria, o uso de um sistema de informação diverso para a gestão documental.

A segunda investigação foca na formalização e execução de contratos de locação de vans e ambulâncias pela Secretaria Municipal de Saúde. As diligências revelaram que os veículos utilizados nos serviços não pertenciam à empresa contratada, que também não possuía capacidade técnica para atender à contratação. Entre os veículos empregados, foi constatada a utilização de um automóvel registrado em nome do pai de um dos servidores públicos responsáveis pela fiscalização do contrato.

Matheus Augusto

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