Lúdio critica cancelamento de títulos de cidadão mato-grossense de Dino e Alexandre de Moraes
Conteúdo/ODOC – O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) manifestou, na tarde desta quinta-feira (23), sua discordância em relação à anulação dos títulos de cidadão mato-grossense concedidos aos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em reunião que decidiu pela revogação dos títulos, Cabral foi o único parlamentar a votar contra a medida, classificando-a como “desnecessária e sem sentido”.
Segundo Lúdio, não houve irregularidades na aprovação dos títulos, uma vez que a análise do cumprimento das formalidades é responsabilidade da Comissão. Ele defende que não há necessidade de outros parlamentares discutirem uma decisão tomada por um deputado em situações como essa, pois o parlamentar, após ser eleito legitimamente, tem a prerrogativa de propor tais homenagens, confiado pela população para essa tarefa.
“Eu jamais seria contrário à decisão de um companheiro parlamentar sobre a concessão de algum título, mesmo que se tratasse de alguém de extrema-direita, nem mesmo ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro, que possui opiniões políticas totalmente contrárias às minhas”, enfatizou Cabral.
O deputado destacou que jamais se oporia à concessão de um título de cidadão mato-grossense, seja para Bolsonaro ou qualquer outra liderança de extrema-direita, reafirmando que essa atribuição cabe ao parlamentar eleito, que tem a legitimidade para reconhecer a importância de quem considerar merecedor da homenagem.
“Eu jamais seria contrário a um título de cidadão mato-grossense. Nem ao Bolsonaro ou qualquer liderança de extrema-direita. Porque essa tarefa cabe ao parlamentar eleito legitimamente. Ele considera esse título a quem considera importante. A população delegou essa tarefa a ele”, reiterou Cabral.
Entenda o caso
Os títulos concedidos aos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino foram recentemente anulados, o que gerou divergências na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. A decisão foi tomada em reunião, onde Lúdio Cabral se destacou como o único a votar contra a revogação, defendendo a validade e a importância das homenagens previamente aprovadas.