Trump indica Howard Lutnick, banqueiro de Wall Street, para chefiar Comércio dos EUA
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, indicou o CEO da Cantor Fitzgerald, Howard Lutnick, para assumir a Secretaria de Comércio do país.
Segundo anúncio desta terça-feira (19), Lutnick ficará responsável pela agenda tarifária do republicano.
Ao longo da campanha, Trump prometeu que iria elevar as tarifas para quaisquer produtos importados ao país entre 10% e 20%. Exceto os da China: para estes produtos, o republicano planeja taxas de 60%.
O objetivo dele seria favorecer a indústria norte-americana e mover a economia local. Porém, especialistas apontam que não é deste modo que as tarifas aduaneiras funcionam; e que a abordagem de Trump, no fim, poderia ter um impacto inflacionário prejudicial aos EUA.
“Na sua função de co-presidente da equipe de transição Trump-Vance, Howard criou o processo e sistema mais sofisticado para nos ajudar a criar a melhor administração que a América já viu”, escreveu Trump no anúncio.
Sobre o futuro secretário
A Cantor Fitzgerald é uma corretora de serviços financeiros especializada em patrimônio institucional, rendas fixas, investimentos e financiamento comercial.
Lutnick ingressou na Cantor Fitzgerald em 1983, e atua em Wall Street há mais de 30 anos. Um filantropo norte-americano, o executivo é doador e membro do Conselho de Administração do Memorial e Museu Nacional do 11 de Setembro e da Weill Cornell Medicine.
A empresa perdeu 658 de seus 960 colaboradores em Nova York com o atentado às Torres Gêmeas.
O futuro secretário do Comércio dos EUA foi nomeado Personalidade do Ano do Financial Times em 2001 e Empreendedor do Ano da Ernst & Young em 2010.
Lutnick também recebeu o Prêmio Distinguido de Serviço Público do Departamento da Marinha, a mais alta honraria concedida a civis pela Marinha dos EUA.
O banqueiro vai suceder Gina Raimondo no cargo. Após a política protecionista adotada no primeiro mandato de Trump, Raimondo buscou refirmar laços comerciais com outros países, como o Brasil.
Apesar das tensões comerciais com a China nos últimos anos, a atual secretária de Comércio dos EUA buscou manter a diplomacia e estreitar os laços com os chineses.
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