UFMT busca voluntários para teste da vacina contra covid-19

A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) está recrutando voluntários para os testes da vacina contra a covid-19, a CoronaVac. Podem se inscrever profissionais da saúde que atuam diretamente no combate à pandemia. Os testes são realizados no Hospital Universitário Júlio Müller.

O novo chamamento é realizado porque poucas pessoas se apresentaram como voluntários. A meta é ter 800 participantes, mas, atualmente, apenas 160 voluntários fazem os testes. Podem se candidatar médicos, enfermeiros, bioquímicos, farmacêuticos, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, dentistas, com registro em conselho de classe e que estejam atuando no combate à covid-19.

Desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, a vacina é uma das 10 que no mundo todo se encontram na fase 3, penúltima antes da aprovação, e até o momento tem apresentado resultados promissores segundo os pesquisadores do Instituto Butantan e demais estudiosos envolvidos no estudo.

Em Mato Grosso os testes começaram em outubro, chegou a ser suspenso em novembro e foi retomado no último dia 11.

“É super normal durante o desenvolvimento de um ensaio clínico haver suspensões e interrupções por parte dos organismo regulatórios, exatamente porque um evento adverso grave tem que ser analisado primeiro. O fato que gerou espanto é que todas as informações que já haviam sido repassadas para a Anvisa já mostravam que não havia relação entre o óbito e a vacina, mas ela achou por bem interromper e reanalizar, e dessa reanálise foi concluída hoje que não tem relação mesmo e nós já retomamos a condução do ensaio em Cuiabá”, explica o coordenador da pesquisa e professor Cor Jesus Fernandes Fontes.

Em relação a eficácia, a expectativa dos pesquisadores envolvidos na pesquisa da CoronaVac é de que o imunizante ofereça a proteção necessária, principalmente por utilizar uma tecnologia bastante tradicional, diz Cor Jesus. Essa vacina utiliza uma versão inativa do vírus, obtido de cultura de célula.

Isso significa que o vírus, inteiro, foi exposto ao calor e substâncias químicas até não ser capaz de se reproduzir e representar riscos ao paciente. Feito isso, a inoculação é feita no organismo, que desenvolve formas de combater a doença sem deixar o indivíduo enfermo.

Os interessados devem se candidatar às vagas pelos telefones (65) 3615-7319 e (65) 98466-5246, ou WhatsApp (65) 98466-5246. Mais informações pelos e-mails profiscov2cuiaba@gmail.com e imprensa.hujm@gmail.com. (Com informações da assessoria)

Matheus