Pivetta evita polemizar aproximação de Neri com esquerda e avalia como ‘natural’

Mesmo sendo adversários históricos, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) evitou polemizar sobre a ida de Neri Geller para o grupo de esquerda e avaliou como natural essa aproximação. Para o republicano, na política, cada um busca o que é melhor para si mesmo e “a maioria quer jogar em alguma posição de sua escolha e faz tudo para isso”.

O deputado federal Neri Geller vem enfrentando diversas críticas de setores do agronegócio em Mato Grosso após sua união com o ex-presidente Lula (PT). Ele e o senador Carlos Fávaro (PSD), que foi escolhido na semana passada para atuar como coordenador da campanha presidencial de Lula em Mato Grosso, se uniram à Blairo Maggi (PP) e lideram um grupo dissidente do agro mato-grossense que tenta se unir à esquerda para construir um palanque em favor do presidenciável petista.

Pivetta, que é um assumido crítico do ex-presidente Lula, diz que não vê como desespero essa aproximação de Neri com a esquerda e diz que a política é dinâmica, sendo natural esse racha nos grupos do agronegócio em Mato Grosso. Segundo o vice-governador, quando um grupo começa a crescer demais, é certo que em algum momento haverá um problema e uma ruptura.

“O que está acontecendo agora é uma acomodação das forças políticas, cada um busca o espaço e vida que segue. É natural, não há unanimidade, a unanimidade é burra. Eu sempre falei que eu sou contrário à volta do Lula, eu acho que o Brasil não precisa de retrocesso. Eu não vejo como desespero, ele [Neri] tá buscando o espaço dele. Na política cada um busca aquilo que é bom pra si. Isso é fato. É raro as pessoas que participam de grupos, se colocarem à disposição para ajudar em qualquer que seja a posição”, afirmou Pivetta na noite dessa segunda-feira (18) durante o anúncio da confirmação da pré-candidatura do governador Mauro Mendes.

 

Matheus Augusto