ONU adota por consenso (193 países) a resolução para reger a inteligência artificial – IA
Tuvalu, um arquipélago paradisíaco localizado no meio do Oceano Pacífico, está enfrentando a iminente ameaça de se tornar um dos primeiros países a desaparecer devido às mudanças climáticas.
A maior elevação de Tuvalu, um pequeno território no sul da Oceania, está a apenas cinco metros acima do nível do mar. Nas próximas décadas, toda a região corre o risco de ser engolida pelas águas. O Ministro de Tuvalu gravou um vídeo dentro do mar, durante a COP26, para alertar sobre o desaparecimento da ilha.
Os aproximadamente 11 mil habitantes lutam para preservar sua identidade como povo. Para isso, buscam o título de “primeira nação digital do mundo”. O governo do país tem o objetivo de digitalizar desde a geografia física das ilhas até as danças tradicionais dos habitantes. A ideia é permitir que a população participe inclusivamente das eleições por meios digitais.
Em novembro, a Austrália fechou um acordo para receber os refugiados climáticos de Tuvalu que perderão seu território. Essa crise não é algo inesperado, pois as autoridades de Tuvalu têm tentado há anos alertar a comunidade global sobre a urgência de ações para combater a crise climática.
Na Conferência do Clima (COP 15) em 2009, o representante de Tuvalu, Ian Fry, emocionado, pediu aos países em desenvolvimento que se comprometessem com a redução de emissões, dizendo: “O destino do meu país está em suas mãos”. Doze anos depois, em 2021, o ministro Simon Kofe fez um discurso incomum durante a COP 26, vestindo terno e gravata, com água até os joelhos dentro do mar.
Mas o que significa um país no metaverso?
Apesar dos alertas e dos apelos por metas mais ambiciosas para combater a crise climática, as variações no aumento da temperatura do planeta e no nível do mar não diminuíram.
“O mundo não agiu, então nós, no Pacífico, estamos agindo agora”, afirmou o ministro Kofe. Foi assim que, no final de 2022, o governo anunciou que “transferiria” o país para o metaverso.
“À medida que nossa terra desaparece, não temos outra escolha senão nos tornarmos a primeira nação digital do mundo. Nossa terra, nosso oceano e nossa cultura são os bens mais preciosos para nosso povo. Para protegê-los de danos, não importa o que aconteça no mundo físico, iremos movê-los para a nuvem”.