“Pode ter o carimbo de corrupto para sempre”, alerta Medeiros na Câmara ao cobrar esclarecimentos sobre o leilão do arroz

“Pode ter o carimbo de corrupto para sempre”, alerta Medeiros na Câmara ao cobrar esclarecimentos sobre o leilão do arroz

Conteúdo/ODOC – O deputado federal José Medeiros (PL), alertou o ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller (PP), da possibilidade de ficar com o “carimbo” de corrupto injustamente, diante de sua demissão do Governo Federal junto com o cancelamento do “leilão do arroz”.

Neri prestou depoimento na Câmara Federal, nesta terça-feira (18), para esclarecer o “leilão do arroz” e sua exoneração do cargo junto com o cancelamento do certame. O leilão de importação de 263 mil toneladas de arroz foi anulado pelo Governo Federal na terça-feira (11), sob suspeita de direcionamento e incapacidade técnica das empresas vencedoras.

Os interpelar Neri na Câmara, Medeiros comparou o caso dele com o de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e que ficou carimbado como pivô de um escândalo de corrupção no governo Dilma – também sendo demitido sem maiores esclarecimentos.

“Na época ele disse o seguinte que iria falar tudo e iria esclarecer tudo. Mas quando ele veio ao Congresso, pouco falou. E sabe o que aconteceu com ele? Até hoje o Pagot leva pecha de corrupto. Eu quero deixar um alerta aqui, se vossa excelência não assinou esse leilão, não conduziu, não tem responsabilidade, não leve isso e pense bem na sua biografia. Até porque você tá tratando com gente que não é bicho pra criar solto”, destacou Medeiros.

Segundo Neri, o presidente Lula (PT), não teria pedido sua exoneração, como foi vinculado nos bastidores do governo e também na imprensa. “É legítimo da parte do governo me afastar, mas desde o primeiro momento em que conversei com Fávaro eu disse como foram as coisas. Eu não saí a pedido [de Lula], não devia… Poderia ter me afastado para esclarecer todos os pontos” disse Geller.

Ainda em seu argumento, José Medeiros questionou Neri se essa demissão não teria ocorrido por ciúme por parte de Carlos Fávaro, ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – cargo este que Neri ocupou no governo Dilma. “Vossa excelência sempre foi muito bem relacionado aqui com a bancada do agro, tem um relacionamento muito forte na frente parlamentar da agricultura. O Fávaro não teria cortado a sua cabeça por um certo ciúme, já que ele, que sempre se intitulou do agro, chegou aqui e se bandeou pro lado do MST”.

Matheus

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