Cuiabá sofre pelo alto, mas conta com peças do banco para vencer no fim

Dos quatro duelos até aqui na Série A, o Cuiabá saiu atrás no placar em três, o que claramente dificulta a somar pontos. Com a defesa vazada em todas as partidas, um fundamento chama a atenção negativamente: a bola aérea. Contra o América-MG, mais uma vez o jogo pelo alto por pouco não adia a primeira vitória no Brasileirão.

Segundo levantamento do Espião Estatístico, nove dos últimos onze gols sofridos pelo Dourado aconteceram após bolas alçadas na defesa auriverde. Pela 4ª rodada, antes de Aloísio ir às redes, o próprio centroavante havia tido duas boas oportunidades de cabeça, com direito a explodir o travessão de Walter.

A falha no posicionamento defensivo fez o time ter que brigar até os últimos instantes para conquistar a virada. Desgastado fisicamente, as peças que entraram no segundo tempo deram o gás necessário para compensar a luta.

Wellington Silva entrou aos 35 da etapa final. Com boa capacidade individual, o atacante desequilibrou cinco minutos depois na jogada do gol de empate. Era a característica que faltava em campo, um jogador que pudesse quebrar as linhas de um adversário que se postou na defesa para segurar o triunfo parcial.

Ronald saiu do banco de reservas ainda no primeiro tempo e entregou intensidade e mobilidade no meio de campo do Cuiabá. O volante deu ao time mais chegada próximo à área. Nos acréscimos, foi premiado com um golaço de falta para carimbar a primeira vitória no campeonato.

Além da participação direta da dupla, outras peças que ingressaram no decorrer do jogo foram importantes. Isidro Pitta puxou o contra-ataque que resultou na falta cobrada por Ronald e na expulsão do goleiro Matheus Cavichioli.

O passe de Wellington Silva, que foi interrompido no meio do caminho pelo defensor adversário, tinha como destino final Jonathan Cafú, bem posicionado – atacante que substituiu Emerson Ramon no fim da primeira etapa.

A equipe do técnico Ivo Vieira somou três pontos a partir do empenho dos atletas e da força do elenco. Além da moral coletiva mais elevada, o comandante português ganhou suplentes com mais confiança para a sequência, fator fundamental em uma competição longa e que exige um plantel homogêneo entre quem inicia os jogos e aqueles que entram no decorrer para ajudar a decidir.

Fonte: gê

Matheus