“Um índio não fala por todos indígenas do Brasil”, diz presidente da Aprosoja ao defender Ferrogrão

“Um índio não fala por todos indígenas do Brasil”, diz presidente da Aprosoja ao defender Ferrogrão

Conteúdo/ODOC – O presidente da Aprosoja em Mato Grosso, Lucas Costa Beber, afirmou não concordar com o cacique Raoni Metuktire, líder do povo Kayapó, que recentemente renovou o apelo para que o presidente Lula (PT) impeça as obras da Ferrogrão, entre Sinop (MT) e Miritituba (PA).

Segundo Beber, a opinião de um único indígena não pode representar toda a população originária do país. “Respeito a opinião do Cacique Raoni, mas não é um ‘índio’ que deve falar por todos os índios brasileiros. Haveria de ter um conselho indígena que seja mais imparcial nessas discussões”, disse Beber.

O presidente da associação destacou ainda os benefícios da ferrovia para a região Norte de Mato Grosso e o quando a região dos índios não seria afetada. “Lembrando que a ferrovia, além de diminuir a manutenção que se tem com o asfalto, a emissão de carbono é cinco vezes menor. Mesmo a parte afetava, seria de menos de meio milésimo da reserva. Inclusive já tem uma área destinada, muito maior que a área afetada, considerando que a ferrovia usará em quase todo seu trajeto a mesma área de domínio da BR-163”.

A construção da Ferrogrão tem sido objeto de debate entre especialistas em meio ambiente e sociedade, pois deve passar por terras indígenas e comunidades ribeirinhas no norte e centro-oeste do Brasil. Com mais de 900 quilômetros de extensão, e um investimento estimado em R$ 12 bilhões, financiado pela iniciativa privada com concessão prevista por 69 anos, a Ferrogrão é uma das obras mais apoiadas pelo governador Mauro Mendes (União), que conseguiu incluir os trilhos no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado em agosto do ano passado.

O projeto prevê a construção de uma linha férrea que começa em Sinop, o maior produtor de grãos do país, e termina no porto de Miritituba, em Itaituba, no Pará.

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Matheus Augusto

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