Festival Paralímpico apresenta esportes adaptados a mais de 8 mil crianças do país

O sábado foi de descoberta e empolgação para mais de 8 mil crianças e jovens pelo Brasil. Organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Festival Paralímpico chegou à terceira edição com atividades nos 26 estados brasileiros. Com idades entre 8 e 17 anos, os participantes puderam experimentar modalidades adaptadas como parabadminton, vôlei sentado e atletismo. Medalhistas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 também marcaram presença no evento.

Esse tipo de atividade é uma oportunidade para melhorar a vida dessas crianças dando autonomia para que elas possam sair de casa, possam conviver com as crianças com e sem deficiência. Aqui a gente tem uma integração, e o esporte proporciona justamente isso! – disse Yeltsin Jacques, campeão paralímpico na capital japonesa.

As sedes foram distribuídas em 70 localidades de todas as regiões, desde o Amapá até a região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O objetivo do evento é tirar os jovens de casa e fomentar a prática do esporte de maneira lúdica.

– Um dos principais obstáculos para a prática do esporte por pessoas com deficiência e um dos principais responsáveis pela segregação é a falta de informação. Muitas vezes as pessoas não sabem aquilo que são capazes de fazer – comentou Mizael Conrado, presidente do CPB.

Em São Paulo, cidade sede da entidade e do CT Paralímpico Brasileiro, o velocista Vinícius Rodrigues precisou colocar a prótese de corrida para não ficar para trás.

– Tive que trocar de prótese para acompanhar o ritmo das crianças. Para mim, estar aqui é uma alegria, trocar experiência com a criançada, eu tenho certeza que vai gerar uma lembrança por muito tempo não só para elas, mas para mim e para os demais atletas de alto rendimento que têm esta experiência – disse Vinícius.

Após uma pausa por conta da pandemia da Covid-19, o Festival fechou um ano histórico para paradesporto brasileiro. O Brasil encerrou as Paralimpíadas em 7º lugar no ranking de medalhas (com 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes), foi a quarta edição seguida em que delegação alcançou o top 10. E, se depender da animação da nova geração, os bons resultados devem perdurar por muitos anos.

Por Redação do ge

Matheus