Polícia deve ouvir pai e mãe de Larissa Manoela por racismo religioso
Esta semana, os envolvidos no inquérito que apura o possível caso de racismo religioso cometido pela mãe de Larissa Manoela devem ser ouvidos na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). A investigação foi aberta após uma mensagem de Silvana Taques, onde ela chama a família do genro André Luiz Frambach de “macumbeira”, ser divulgada.
Na última terça-feira (22), iniciou-se a investigação a partir de uma notícia-crime de discriminação e preconceito de religião feita pela Comissão de Combate à Intolerância Religiosa do Rio.
Seá apurado se a pedagoga Silvana Taques Elias dos Santos cometeu crime na mensagem enviada à filha, a atriz Larissa Manoela. O termo “macumbeira” é considerado pejorativo para se referir a religiões de matriz africana. A família de André Luiz Frambach é espírita kardecista.
“Esqueci de te desejar… que você tenha um ótimo natal aí com todos os guias dessa família macumbeira. kkkkkk”, escreveu Silvana, no Natal de 2022.
“A religião, na grande maioria, foi formada por pessoas negras. Ela transfere o racismo para a religião, mesmo quando se trata de vítima de cor branca. Vamos ouvir todos os envolvidos no caso, entre eles a mãe e o pai da atriz. Também vamos chamar o noivo da Larissa”, disse a delegada do Decradi Rita Salim ao g1.
Em 2023, a punição para crimes de intolerância religiosa foi endurecida. A lei equipara crimes de injúria racial a racismo, que também protege a liberdade religiosa. A pena é de até cinco anos de reclusão.