Várzea Grande (MT) está entre os 10 municípios com o pior saneamento básico do Brasil

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Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, recebeu nota 3,4 de 10 e está em 10° lugar no ranking dos 20 municípios com o pior saneamento básico do país. No ano passado, o município ocupava o 7° lugar. Os dados são do Instituto Trata Brasil, que faz o levantamento anualmente.

Foram analisados 100 municípios brasileiros.

O estudo explica que as 20 piores cidades tiveram um investimento anual de R$ 31,45 por habitante, entre 2015 e 2019. O valor, segundo o instituto, está abaixo da média nacional, que é R$ 113,30 por morador.

Já Cuiabá, no comparativo de capitais, está em 14° no ranking das 26 unidades federativas, mais o Distrito Federal.

Mesmo assim, Cuiabá é a capital que mais investe anualmente por habitante, conforme o estudo. O valor é de R$ 189,22 por morador, e deixa a capital a frente de São Paulo que tem mais de 12 milhões de habitantes e invente, em média, R$ 181,02.

Além disso, o estudo dá uma nota para cada município de esgoto tratado por água consumida de no máximo 2,5. Cuiabá ficou com nota 1,65 e Várzea Grande com 0,84.

Melhorias

A nova ETA anunciada pelo estado será instalada no Bairro Chapéu do Sol, em Várzea Grande. Serão investidos R$ 25 milhões. O novo sistema deve captar 250 litros por segundo ou 24 milhões de litros por dia.

A previsão é de que a obra seja realizada em duas etapas. Na primeira fase serão contemplados 27 bairros. Já na segunda etapa serão beneficiados outros quatro bairros da região.

O projeto, que está sob análise da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), prevê a construção de um sistema de captação, uma adutora de água bruta, uma estação completa com três adutoras de água tratada, além de três reservatórios apoiados com capacidade de reserva de 7 mil m³, ou seja, 4,5 milhões de litros. Ainda não há data prevista para a entrega da obra, que está em fase de licitação.

A Prefeitura de Várzea Grande informou que também está com obras em andamento para a instalação da nova ETA, no Bairro Cristo Rei. Serão 320 litros por segundo ou 27 milhões de litros por dia.

A previsão é que a estação fique pronta entre agosto e setembro deste ano. Segundo a prefeitura, as obras demandam tempo “e até a entrada em funcionamento haverá dificuldades em atender a demanda hoje reprimida decorrente de 60% de perdas em tudo que é produzido”.

O município informou ainda que, em cinco meses, já foram adquiridos novos conjuntos de motobombas para captação e mais para a distribuição e novos equipamentos.

Matheus Augusto